Princípios Básicos do Espiritismo II
Esquecimento do Passado
Certamente, hoje estamos corrigindo erros praticados contra alguém, sofrendo as consequências de crimes perpetrados, ou mesmo sendo amparados, auxiliados por aqueles que, no pretérito, nos prejudicaram. Daí a importância da família, onde se costumam reatar os laços cortados em existências anteriores.
A reencarnação, desta forma, é a oportunidade de reparação, como é também, oportunidade de devotarmos nossos esforços pelo bem dos outros, apressando nossa evolução espiritual. Quando reencarnamos, trazemos um "plano de vida", compromissos assumidos perante a Espiritualidade e perante nós mesmos, e que dizem respeito à reparação do mal e à prática de todo o bem possível. Dependendo de nossas condições espirituais, podemos ou não ter escolhido as provas, os sofrimentos, as dificuldades que provarão nosso desenvolvimento espiritual.
A reencarnação, portanto, como mecanismo perfeito da Justiça Divina, explica-nos porque existe tanta desigualdade de destino das criaturas na Terra.
A finalidade da vida na Terra é, portanto:
1ª) para expiarmos o mal praticado, reparando nossos erros;
2ª) para provarmos ou medirmos nosso grau de evolução, ante as dificuldades da vida;
3ª) para ajudarmos a humanidade e exemplificarmos o bem diante dos outros;
4ª) para desempenharmos missão especial, no caso de espíritos elevados que prestam grandes serviços à humanidade.
Pelo mecanismo da Reencarnação, verificamos que Deus não castiga. Somos nós os causadores dos próprios sofrimentos, pela lei de "ação e reação".
Comunicabilidade dos Espíritos
Os espíritos são seres humanos desencarnados. Eles são o que eram quando vivos: bons ou maus, sérios ou brincalhões, trabalhadores ou preguiçosos, cultos ou medíocres, sinceros ou mentirosos.
Eles estão por toda parte. Não estão ociosos. Pelo contrário, eles têm as suas ocupações, como nós, os encarnados, temos as nossas.
Não há lugar determinado para os espíritos. Geralmente os mais imperfeitos estão junto de nós, por causa de nossas imperfeições. Não os vemos, pois se encontram numa dimensão diferente da nossa, mas eles podem ver-nos e até conhecer nossos pensamentos.
Os espíritos agem sobre nós, mas essa ação é quase que restrita ao pensamento, porque eles não conseguem agir diretamente sobre a matéria. Para isso, eles precisam de pessoas que lhes ofereçam recursos especiais: essas pessoas são chamadas médiuns.
Pelo médium, o espírito desencarnado pode comunicar-se, se puder e se quiser. Essa comunicação depende do tipo de mediunidade ou de faculdade do médium: pode ser pela fala (psicofonia), pela escrita (psicografia), por batidas (tiptologia) etc. Mas, toda e qualquer comunicação não deve ser aceita cegamente; precisa ser encarada com reserva, examinada com o devido cuidado, para não sermos vítimas de espíritos enganadores. A comunicação depende da conduta moral do médium. se for uma pessoa idônea, de bons princípios morais, oferece campo para a aproximação e manifestação de bons espíritos. Chico Xavier, por exemplo, é um bom médium, pelas qualidades morais de que é portador.
A Doutrina Espírita alerta as pessoas muito crédulas contra as mistificações e contra os falsos médiuns, que tentam iludir o público menos avisado em troca de vantagens materiais. Por isso, é importante que, antes de ouvir uma comunicação, a pessoa se esclareça a respeito do Espiritismo.
Fé Raciocinada
Para podermos crer na verdade, antes de mais nada, precisamos compreender aquilo em que devemos crer. A crença sem raciocínio não passa de uma crença cega, de uma crendice ou mesmo de uma superstição. Antes de aceitarmos algo como verdade, devemos analisá-lo bem. O mal de muita gente é acreditar facilmente em tudo que lhe dizem, sem cuidadoso exame.
"Fé inabalável é aquela que pode encarar a razão face a face, em todas as épocas da humanidade".
Allan Kardec.
Não perca o próximo post: Princípios Básicos do Espiritismo III
Créditos: Livreto "Iniciação ao Conhecimento da Doutrina Espírita" - Editora EME
Créditos: Livreto "Iniciação ao Conhecimento da Doutrina Espírita" - Editora EME
Princípios Básicos do Espiritismo II
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