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O Maior Mandamento

Autor: Eduardo Barbosa

"Mas os Fariseus, tendo sabido que ele tapara a boca aos Saduceus, reuniram-se; e um deles, que era doutor da lei, veio lhe fazer esta pergunta para o tentar: Mestre, qual é o maior mandamento da lei? Jesus lhe respondeu: Amareis o Senhor vosso Deus de todo o vosso coração, de toda a vossa alma e de todo o vosso espírito. Eis o maior e o primeiro mandamento. Eis o segundo, que é semelhante a este: Amareis vosso próximo como a vós mesmos. Toda a lei e os profetas estão contidos nesses dois mandamentos. (São Mateus, cap. XXII, v. do 34 a 40)."

Amar a Deus acima de todas coisas é, sem dúvidas, o maior mandamento. Mas por quê? Qual o amor que Deus por nós?

O amor de Deus por nós poderia ser comparado ao amor incondicional de uma mãe por um filho, sua atenção e desejo de proteção. Porém, em uma escala muito maior. Deus desenha nossa jornada de acordo com as nossas necessidades, Ele avalia o que é melhor para o aprendizado de cada um de nós.

Nesse sentido, o maior mandamento consiste na gratidão por tudo que temos, por cada encarnação, por cada prova (sim, temos que agradecer por tê-las, elas que nos fazem aprender!), por onde vivemos e pelas pessoas que nos cercam. Se não fosse essa engenharia criada por Deus, nosso aprendizado seria mais devagar e menos efetivo.

"O Maior Mandamento" é uma das lições mais importantes contidas em O Evangelho Segundo o Espiritismo, ela está nos capítulos XI (Amar o próximo como a si mesmo) e XV (Fora da caridade não há salvação). Mas por que esta lição está contida nesses dois capítulos? O que esse mandamento tem a ver com amor ao próximo e caridade?

Quando perguntaram a Jesus qual era o maior mandamento, ele respondeu e ainda destacou que havia um segundo mandamento: "Amareis o vosso próximo como a vós mesmos." Ele quis destacar o segundo mandamento por uma simples razão: os dois mandamentos são interdependentes.

Sendo assim, ninguém pode amar a Deus se não amar o próximo e vice-versa. Para saber amar a Deus, é necessário que antes, amemos nossos próximos (todos que nos cercam, nossos inimigos, nossa família, etc.).

E o que é, de fato, amar ao próximo? Jesus, uma vez, ensinou a seus discípulos como deve ser o amor ao próximo, e ele nos disse isso em poucas palavras: "fazer para os outros o que quereríamos que os outros fizessem por nós." Isso pode se resumir em uma única palavra: caridade.

Tudo bem, se amar a Deus e amar ao próximo são mandamentos interdependentes... se eu amo a Deus, então eu devo amar ao próximo, e se eu amo meu próximo, estou praticando a caridade... Por isso o capítulo XV se chama "Fora da Caridade não há Salvação!".

Vamos falar um pouco sobre Caridade?

Nós ouvimos falar muito de caridade, que Deus é amor e caridade, que fora da caridade não há salvação, que os espíritas praticam muito a caridade, etc. Quando vamos ao dicionário, vemos que caridade significa "ajuda prestada a alguém que precisa de algo". Então caridade é ajudar alguém inferior? Não!

Nunca devemos achar que alguém é inferior a nós por qualquer razão. Se uma pessoa é mais pobre que você, ela é mais pobre e não inferior. Não importa a riqueza, a cor da pele, a orientação sexual de nossos próximos, é importante que saibamos que todos nós estamos vivendo em um plano de expiações e provas, e que portanto, todos estamos no mesmo estágio. Ninguém aqui é superior a ninguém.

"Ágape" é uma palavra do grego antigo, e ela tem duas traduções para nosso idioma. Ora ela é traduzida como amor, ora é traduzida como caridade. Isso é porque amor e caridade são uma coisa só. Ambos consistem em respeitar, ter cuidado e agir bem com outras pessoas.

Nós podemos ser caridosos o tempo todo com outras pessoas, basta querermos! Existem quatro pontos que devem ser destacados de como podemos praticar a caridade o tempo todo: Pensamentos, Julgamentos, Palavras e Ações.

Quando alguém faz ou fala algo que nos desagrada, logo já pensaremos mal dessa pessoa e por aí vamos começar a julgar, dizer más palavras e até cometer atos impulsivos contra essa pessoa. Então que tal arrancar o mal pela raiz? 


Quando vigiamos os nossos pensamentos (para evitarmos pensamentos impuros), passamos a ter outra perspectiva do mundo que nos cerca. Se pensamos bem de alguém, percebemos seus valores, julgaremos essa pessoa de outra forma, dizendo boas palavras e, em consequência, agindo bem com ela.

Mas e se alguém errou comigo? E se alguém me magoou? Perdão! Sem o perdão, não podemos eliminar nossos maus pensamentos. Que tal fazer o exercício constante do amor ao próximo sem raiva ou rancor?


Onde a Caridade deve começar?

Geralmente, queremos ser muito educados com as pessoas de fora, com nossos amigos. Queremos ser uma pessoa bacana e causar uma boa visão das outras pessoas sobre nós. O problema é que, muitas vezes, nós esquecemos que devemos ser gentis e compreensivos primeiramente em nosso lar. 

A caridade deve começar a ser praticada de dentro para fora e nunca de fora para dentro. De que adianta ser educado com os outros se dentro do meu próprio lar eu sou alguém totalmente diferente?


Ás vezes nos irritamos com algo dentro de casa e dizemos impulsivamente "Senhor, me dê paciência!". Mas o fato de termos que ter paciência com algo ou alguém não é uma oportunidade?

Deus não vai nos dar paciência! Mas Ele está dando a nós, o tempo todo, várias oportunidades para exercitar nossa paciência. Que tal aproveitar isso e exercê-la constantemente?


Vamos fazer uma reflexão: como reagirei hoje em minha casa com meus parentes? Serei mal educado? Terei paciência? Demonstrarei meu amor por eles? E amanhã? E semana que vem? Nunca podemos nos esquecer que esse exercício deve ser constante.

Brasil: um país caridoso.

Muitos brasileiros falam mal do Brasil, por diversos problemas que temos aqui. Mas não estamos nos esquecendo de citar as coisas boas de nosso país?

Rio de Janeiro foi considerada, por pesquisas internacionais, a cidade mais solidária do mundo! Depois de um tempo, foi eleita a cidade mais feliz do mundo pela revista Forbes! Isso foi comprovado pela solidariedade dos habitantes que doaram toneladas de donativos às vítimas de desabamentos nos verões chuvosos na cidade.

Isso se deve à dois fatores. Primeiro, à nossa constituição, que elaborada em 1988 focou em questões sociais, dando oportunidades aos menos favorecidos, buscando um país onde exista igualdade e não dê lugar para preconceitos. E segundo, à nossa tolerância. Vivemos num país religioso, com o maior número de espíritas e católicos do mundo. 


No nosso grupo social, encontramos pessoas de várias religiões, e nem por isso vivemos em desarmonia como vive-se em outros países.




Em O Livro dos Espíritos, é mencionado que o amor que Jesus nos ensinou não consiste na esmola, e sim na caridade. Foi perguntado aos espíritos o que se deve pensar da esmola. Eles nos responderam que com a esmola, o pedinte se brutaliza e é humilhado por uma sociedade que é ainda egoísta.

Então, perguntaram aos espíritos se eles condenam a esmola. Os espíritos disseram que a esmola, em si, não é condenável. O problema é como ela é vista pela sociedade. Hoje, infelizmente, vemos pessoas praticando a caridade material de forma errada. Existem pessoas fazendo a caridade por duas razões: status e obrigação.

O verdadeiro homem de bem promove a caridade sem antes alguém lhe pedir. Devemos dar esmolas? Sim, mas com amor, e não por obrigação. Como foi mencionado, precisamos ver o mundo através de outros olhos. E nunca devemos confundir caridade com orgulho, pois a nossa mão esquerda deve ignorar o que faz a direita.

Vamos sempre nos lembrar que onde há humildade, não há orgulho. E que a caridade não dá espaço ao egoísmo.

Créditos:
Cap. XI e XV - O Evangelho Segundo o Espiritismo
Cap. XI - O Livro dos Espíritos
O Maior Mandamento Reviewed by Unknown on 07:39 Rating: 5

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