A Transição, o Joio e o Trigo
Autor: Eduardo Barbosa
“O
Reino dos Céus, disse o Cristo, é semelhante a um homem que semeou boa semente
no seu campo. Mas, enquanto os servos dormiam, veio um inimigo dele, semeou
joio no meio do trigo e retirou-se. Quando a erva cresceu e deu fruto, então
apareceu também o joio. Chegando os servos ao dono do campo, disseram-lhe: -
Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Donde, pois, vem o joio? E ele
lhes disse: - Homem inimigo é que fez isso. Os servos continuaram: - Queres,
então, que o arranquemos? Não, respondeu ele, para que não suceda que, tirando
o joio, arranqueis com ele também o trigo. Deixai crescer ambos juntos até à
ceifa; e no tempo da ceifa direi aos ceifeiros: -Ajuntai primeiro o joio e
atai-o em feixes para o queimar; mas o trigo recolham no meu celeiro"
(Mateus, 13:24-30).
Jesus nos contou essa história 2000
anos atrás, de uma forma bastante didática, já que naquela época, não tínhamos
nem metade no entendimento que possuímos hoje. Todas as suas parábolas tinham
grande fundo moral, sendo complexas até hoje, para compreendermo-las.
A parábola do joio e do trigo
está diretamente relacionada com o processo de transição planetária que está
ocorrendo nos dias de hoje. Podemos traçar uma analogia quando Jesus disse que “O Reino dos Céus é semelhante a um homem
que semeou boa semente no seu campo”, na qual este homem seja o próprio
Cristo e seu campo, é claro, é o planeta Terra (nosso campo operacional).
O joio deve ser retratado como o
mal que tem se espalhado pela Terra sendo ele uma resistência de espíritos
menos felizes que ainda se comprazem no mal, obsidiando os que estão
reencarnados. Quando o homem, que havia semeado o trigo anteriormente, responde
aos servos que eles deveriam deixar o joio crescer junto com o trigo, quer
dizer que Jesus daria novas chances àqueles que ainda sentiam-se felizes em
praticar o mal, dando-lhes a oportunidade de viver na Terra podendo assim evoluir,
comprovando a misericórdia Divina.
O momento da ceifa é o que
estamos atualmente vivendo, é o momento da separação do joio e o trigo, isto é,
a separação dos espíritos mais evoluídos dos que ainda precisam evoluir para
continuar no planeta Terra.
Para ser objetivo e facilitar a
compreensão: a Terra está evoluindo, na medida em que seus moradores também
evoluem. Porém, alguns moradores ainda não possuem um grau de evolução
suficiente para continuar habitando este planeta, pois ainda se deixam levar
pelos vícios, ódio, rancor, egoísmo, materialismo e principalmente, o orgulho.
“Deixai
crescer ambos juntos até à ceifa; e no tempo da ceifa direi aos ceifeiros: - Ajuntai
primeiro o joio e atai-o em feixes para o queimar; mas o trigo recolham no meu
celeiro”
Quando o homem diz que o joio será atado em feixes
e levado para ser queimado, Jesus quis dizer que estes espíritos menos
evoluídos não poderão mais viver no planeta Terra, sendo exilados para mundos
inferiores para expiarem. Estes poderão um dia voltar para nosso planeta, se
tiverem mérito para tal. E o trigo, que representa os espíritos que já tem
evolução suficiente para habitar a Terra, aqui continuará, em um mundo de
regeneração.
Muitas pessoas que leem esta parábola podem pensar
que o trigo será lançado ao “inferno” e o trigo irá para o “céu”. Porém, devamos
lembrar que o Espiritismo nos mostra que este “inferno” não existe, pois um
espírito ser condenado eternamente ao inferno contrariaria as características
básicas do Criador, pois Ele é bom, justo e misericordioso.
Sendo estes espíritos enviados
para mundos mais atrasados, eles poderão levar o conhecimento que adquiriram no
planeta Terra, contribuindo para a evolução de outros orbes. Podemos perceber
que isso já aconteceu em nosso planeta, por exemplo, com as civilizações
antigas, as quais tinham características próprias, algumas com elevados níveis
de conhecimento. Logo, podemos afirmar que os habitantes dessas civilizações já
habitaram outros mundos mais evoluídos. É o que veremos em nosso próximo post.
A Transição, o Joio e o Trigo
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