Comer Chocolate é Óbvio
Autor: Rodrigo Scalfo
O planeta é redondo.
Chocolate é ótimo.
Comer maçã dá mais fome ainda.
Cães latem, fazem festa quando te veem e fazem xixi por
todos os lados para marcar território.
Paciência tem limites (e você pode estar começando a achar
um porre esse texto).
Coisas óbvias, não?
“O mundo está cheio de coisas óbvias, que ninguém, em
momento algum, observa!"
Tenho a impressão de que essa frase é atribuída ao escritor
e médico britânico Arthur Conan Doyle. Não tenho certeza, mas não deixo de
concordar e ela não deixa de ser uma boa verdade. Hoje quero trazer uma reflexão sobre o jovem no movimento
espírita, sobre aquele jovem que frequenta a casa espírita e participa de suas
atividades.
Várias religiões abraçam a juventude. Há bandas, coral,
grupo de teatro, dança, grupo de oração, eventos enormes que reúnem jovens de
todas as partes. O Papa Francisco foi quem deu esse abraço mais calorosamente
por esses dias, quando veio até nós para a Jornada Mundial da Juventude.
Na Doutrina Espírita parece que o jovem não encontra tanta
receptividade. Assistindo a uma palestra do orador Adeilson Salles, há poucos
meses, tomou minha atenção uma verdade que ele trouxe: não há reuniões públicas
direcionadas para jovens nas casas espíritas. Verdade. Também há pouquissimas
que contam com mocidades espíritas, grupos onde os jovens se reúnem para o
estudo da doutrina de forma mais aconchegante, sem a formalidade criada pelos
homens.
Mesmo assim, vemos muitos jovens frequentando as reuniões.
Os jovens são insistentes e sabem que as barreiras são colocadas pelos seres
humanos. Não podemos responsabilizar o Espiritismo pelas falhas dos homens. Nós
é que somos falíveis.
Então paramos e pensamos: por que a juventude tem sido tão
negligenciada? Eu só consigo ter respostas restritas, por isso, peço que ajude
a enriquecer o tema se tiver outras percepções. Se ainda é forte a resistência
de alguns dirigentes, há espíritas, os “frequentadores”, que são ainda mais
turrões. Principalmente os que se apegam a dogmas e preconceitos, que são
coisas que o Espiritismo ou refuta, ou combate. Os ensinamentos aos quais temos
acesso através dessa doutrina de liberdade fica, na maioria das vezes, povoando
a imaginação e não encontram solo fértil em nós para se transformarem em
atitudes, em mudança de hábitos, em reforma dos próprios sentimentos. Somos nós
que não estamos preparados e insistimos em não nos preparar.
Os conceitos são lindos; os livros, quantidades que não
acabam; as palestras, já há décadas de horas delas disponível na rede, ou em formatos
físicos, além de ao vivo. Material riquíssimo que jogamos no lixo da nossa
soberba para usar contra as pessoas e mostrar nossa tenra intelectualidade.
Temos Jesus como o maior exemplo que Deus nos enviou para
nos guiar a conduta e as dúvidas morais. E não há relatos o colocando em
situações de esfregar sua superioridade intelectual. Há sua humildade, sua
compreensão, seu amor.
E o mais óbvio dessa história toda é que Jesus era jovem!
Fez tudo o que hoje nós contemplamos com admiração até a idade de 33 anos. E
ainda há outras pessoas notáveis que contribuíram muito, quando jovens, em
atividades de relevo. Inclusive para o Espiritismo, mas trataremos delas no
próximo texto.
Assim, é mais do que óbvio que o jovem pode atuar no
movimento espírita, ajudar nos trabalhos da casa espírita. Ele deve ser
incluído nessas atividades. Se encontra barreiras, não tem problemas, desbravar
também é preciso. Assim, ele tem que começar a conquistar espaços para ser
protagonista também. Por isso, insistir e mostrar seus esforços para o trabalho
e para ajudar nas tarefas pode significar portas mais abertas e conquista da
confiança das pessoas mais tradicionais.
Comer Chocolate é Óbvio
Reviewed by Unknown
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10:24
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Concordo plenamente. O jovem se sente muito deslocado, sem um lugar ao sol", muitos espíritas inventam dogmas, coisa que o espiritismo não tem, se os jovens conhecessem melhor o espiritismo ou alguém ajudasse eles iriam gostam muito da vasta literatura, que hoje é muito melhor que "Guerra dos Tronos", Senhor dos Anéis, Harry Potter, 50 tons de cinza e toda essa leitura que considero "água com açúcar", comparada ao manancial de conhecimento e até lazer que temos nos livros espíritas. Divulgamos muito mal o espiritismo e o jovem acaba achando que só tem livros evangélicos e doutrinários.
ResponderExcluirAirton M.C.