Família e a Lei da Reencarnação
Nelson Neto
Qual o objetivo da encarnação dos
espíritos?
“Deus lhes impõe a encarnação com o fim de
fazê-los chegar a perfeição. Para uns, é expiação; para outros, missão. Mas,
para alcançarem essa perfeição, têm que sofrer todas as vicissitudes da
existência corporal: nisso é que está a expiação. Visa ainda outro fim a
encarnação: o de pôr o Espírito em condições de suportar a parte que lhe toca
na obra da criação. Para executá-la é que, em cada mundo, toma o Espírito um
instrumento, de harmonia com a matéria essencial deste mundo, a fim de aí
cumprir, daquele ponto de vista, as ordens de Deus. É assim que, concorrendo
para a obra geral, ele próprio se adianta.”
Questão 132 de ‘O Livro dos Espíritos’.
Nesta pergunta
da obra que dá à luz a Doutrina Espírita, O Livro dos Espíritos, os Espíritos de Escol que compuseram a
Codificação Kardequiana, deixam bem claro que a encarnação dos Espíritos tem
como objetivo fazê-los chegarem a perfeição. Sabemos ainda na mesma obra, mais
especificamente na pergunta 166, que não alcançando o Espírito a sua perfeição
moral em uma única existência corporal, ele se depura submetendo-se a prova de
uma nova existência física. Mas como
fica a relação família e reencarnação?
Primeiramente
temos que compreender, que antes de sermos, pai, mãe, esposa, filho, neto,
somos o Espírito, ser inteligente, e que a condição de parentesco e gênero é condição fundamental para a vida na
Terra. E que todo Espírito que recebe a graça do renascimento, reencarna dentro
de um plano de trabalho, efetuado com base na sua memória de ações realizadas
no passado, conhecido como programação reencarnatória. O passado espiritual do
Espírito reencarnante tem forte influência em seu planejamento. Sendo assim,
alguns relacionamentos de sua nova existência são ligações com desafetos e esse
reencontro ocorre para que os laços de inimizade e ódio sejam desfeitos. As
provas a que este Espírito está submetido, são conseqüências de compromissos
anteriores (dívidas e/ou resgates.). Mas,
estando o Espírito reencarnado, ele pode por intermédio de seu livre
arbítrio, modificar toda a sua programação, podendo assim, adquirir novos
compromissos, ampliando suas dívidas, ou diminuir seus débitos, através do
merecimento por ter realizado com êxito os objetivos preestabelecidos.
Nos fala a Benfeitora Espiritual Joanna de Ângelis, na
obra Constelação Familiar, o
seguinte: “A família é a base fundamental sobre a qual se ergue
o imenso edifício da sociedade.” E temos consciência da
veracidade das palavras da Amiga
Espiritual, visto que sem a família não pode existir a sociedade. Ainda na
mesma obra, Joanna de Ângelis vai prosseguir nos dizendo: “A família é o resultado do largo processo
evolutivo do espírito na extensa trajetória vencida por meio das sucessivas
reencarnações. (...)A família é a escola de bênçãos onde se aprendem os deveres
fundamentais para uma vida feliz e sem cujo apoio fenecem os ideais, desfalecem
as aspirações, emurchecem as resistências morais.(...) Organizada, a família,
antes da reencarnação, quando são eleitos os futuros membros que a
constituirão, ou sendo resultado da precipitação e imprevidência sexual de
muitos indivíduos, é sempre o santuário que não pode ser desconsiderado sem
graves prejuízos para quem lhe perturbe a estrutura. É permanente oficina onde
se caldeiam os sentimentos e as emoções, dando-lhes a direção correta e a
orientação segura para os empreendimentos do futuro.Por essa razão, é que não se vive na família ideal, aquela na qual
se gostaria de conviver com espíritos nobres e ricos de sabedoria, mas no grupo
onde melhormente são atendidas as necessidades da evolução.”
A Autora Espiritual confirma o que já havíamos dito acima,
que o passado espiritual do Espírito reencarnante tem forte influência em seu
planejamento. Pois ela nos mostra que nascemos na família que é resultado de
nossas experiências passadas ao longo de nossas numerosas existências. Joanna
de Ângelis, também nos chama a atenção para o papel da família na jornada
evolutiva do Espírito reencarnado, quando nos diz que a família é uma ‘escola
de bênçãos’. E ela nos mostra que a família é uma escola de bênçãos, pois é
nela que aprendemos os deveres basilares para uma vida feliz. E vemos, que as
palavras da Benfeitora Espiritual, não deixam a
desejar! Pois na família é que temos as primeiras noções de
fraternidade, caridade, amor ao próximo, amor
a Deus e quando nascidos em lares espíritas é na família que temos nossa
primeiro contato com o Consolador prometido por Jesus.
Mas agora nos voltando para a temática da família e a Lei
da Reencarnação chamemos atenção especial para estas palavras da Amiga
Espiritual: “Organizada, a família, antes
da reencarnação, quando são eleitos os futuros membros que a constituirão, ou
sendo resultado da precipitação e imprevidência sexual de muitos indivíduos, é
sempre o santuário que não pode ser desconsiderado sem graves prejuízos para
quem lhe perturbe a estrutura. É permanente oficina onde se caldeiam os
sentimentos e as emoções, dando-lhes a direção correta e a orientação segura
para os empreendimentos do futuro.”
Vemos que nossa família é organizada ainda no Mundo
Espiritual, antes de nosso regresso à Terra. E que muitas vezes são colocados
sob o mesmo teto Espíritos que cometeram erros uns com os outros em outras
existência, e que agora reunidos por laços sanguineos, buscam resgatar suas
dívidas uns para com os outros. E ainda somos alertados que se desconsideramos
nossa estrutura familiar, a qual Joanna de Ângelis chama de ‘santuário’,
acarretaremos graves prejuízos. Prejuízos estes espirituais e morais. Pois
sendo a família nossa primeira “escola”
, se a desconsideramos nos afastamos do aprendizado mútuo que ocorre no lar e
por conseqüência, muitas das vezes, por ocasião de nosso desencarne e regresso
ao Mundo Espiritual descobrimos que nossa desconsideração com o santuário
familiar fez com que não cumpríssemos de maneira plena o plano reencarnatório
que traçamos antes de nossa reencarnação.
Por fim nos esclarece a Autora Espiritual: “Por essa razão, é que não se vive na família
ideal, aquela na qual se gostaria de conviver com espíritos nobres e ricos de
sabedoria, mas no grupo onde melhormente são atendidas as necessidades da
evolução.” Joanna de Ângelis deixa claro para nós que, renascemos na
família que irá atender da melhor maneira possível nosso plano reencarnatório.
Reencarnamos na família que irá nos auxiliar
em nosso progresso espiritual e moral, através de burilamentos de nossas
más tendências e resgates de nossos erros de existências anteriores.
Complementando
essa fala de Joanna de Ângelis no livro ‘Constelação
Familiar’, encontramos no livro ‘Adolescência
e Vida’ , também de autoria de Joanna de Ângelis pela mediunidade de
Divaldo P. Franco, o seguinte complemento: “Na
maioria das vezes, a família é formada para auxiliar os equivocados a se
recuperarem dos erros morais, a repararem danos que foram causados em outras tentativas
nas quais malograram. Assim, pois, há
famílias-bênção e famílias-provação. As
primeiras são aquelas que
reúnem os Espíritos
que se identificam
nos ideais do
lar, na compreensão dos
deveres, na busca
do crescimento moral,
beneficiando-se pela
harmonia freqüente e
pela fraternidade habitual.
As outras são caracterizadas pelos
conflitos que se
apresentam desde cedo,
nas animosidades entre os seus membros, nas disputas alucinadas, nos
conflitos contínuos, nas revoltas sem descanso.”
Esse
esclarecimento de Joanna de Ângelis nos confirma aquilo que já havíamos dito
antes: renascemos não na família que gostaríamos, mas sim na família que
precisamos, para nosso progresso. Daí surgem as famílias bênção e as famílias
provação. Sendo que muitas das vezes reencarnam em famílias bênçãos aqueles
espíritos que ainda não alcançaram determinado grau na escala espírita, devido a
seus vícios e asperezas morais, e que reencarnado em famílias estruturadas
espiritualmente poderão assim auxilia-los em seu progresso. Já nas famílias
provação reencarnam aqueles espíritos, que como já dissemos lá no começo, são antipáticos uns aos outros. Que em
existências passadas viveram relação de desafetos, e que agora se reencontram
sob o mesmo teto, ligados por laços sanguineos, para desfazerem os laços de inimizade e ódio do pretérito. Ocasionando muitas vezes
intensos e constantes atritos. Daí me recordo de uma palestra espírita que ouvi
a algum tempo, em que o orador nos disse
que ‘o maior desafio da reencarnação é o
reencontro com os desafetos do passado’. Então o nosso grande desafio e
transformar a família provação em família benção.
Percebemos
então que a família tem íntima ligação
com a Lei da Reencarnação. A família a qual reencarnamos foi uma escolha nossa
antes de reencarnarmos, e a escolhemos porque ela atende as nossas necessidades
evolutivas. Através da reencarnação, nos reencontramos sob a égide da família, em
felicidade com os espíritos que em outras reencarnações fomos simpáticos e
agora nos auxiliaremos mutuamente na jornada progressista da evolução. E também
nos reencontramos com aqueles espíritos que no passado fomos antipáticos, e
agora sob o mesmo teto e ligados por laços sanguineos, nos poliremos e
progrediremos mutuamente, resgatando nosso erros pretéritos. A reencarnação e
os laços familiares, em síntese, é Amor em ação...
Constelação Familiar. Joanna de
Ângelis/ Divaldo P. Franco.
Adolescência e Vida. Joanna de
Ângelis/ Divaldo P. Franco.
Família e a Lei da Reencarnação
Reviewed by Unknown
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14:57
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Excelente estudo sobre reencarnação. Obrigada pela visita. Gostei muito de seu site. Muita paz!
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