Viciações Sexuais - Parte I
Retucci Jerônimo
Os vícios nada mais são do que impulsos que as
pessoas buscam para satisfazerem a si, tendo um estado de prazer que atuam no
organismo. Também alteram os processos neuropsíquicos, causando assim
alterações de estado, como, euforia, autoconfiança, sensações de prazer entre
vários.
Joanna de Ângelis faz as seguintes considerações em
relação aos vícios: "Além das conjunturas meramente psicofisiológicas, merece
considerar-se que, em toda dependência viciosa, há sempre uma lancinante força
obsessiva, mediante a qual seres pervertidos e viciados que viveram na Terra e
se equivocaram, por processo natural de sintonia, imantam-se às criaturas
humanas, às vezes sendo a causa do mal, e em circunstâncias outras - o que é
mais comum - dependentes também da falsa necessidade de que padece o
homem" (Livro “Joanna de Ângelis Responde”, questão 14, psicografia de
Divaldo Franco).
Qualquer tipo de vicio escraviza e mata o
individuo, levando-o a situações dolorosas, porém hoje, mui especialmente,
trataremos da problemática da viciação sexual.
Quando Emmanuel define as finalidades do sexo, o
diz que está “a serviço da felicidade e da harmonia do universo”, e que tal uso
exige responsabilidade e discernimento de nossa parte. O mesmo autor espiritual
nos alude que o sexo constitui-se em trocas de energia psíquico-espiritual entre
os indivíduos que se relacionam: “Toda vez que determinada pessoa convide outra
à comunhão sexual ou aceita de alguém um apelo neste sentido, em bases de
afinidade e confiança, estabelece-se entre ambas um circuito de forças, pelo
qual a dupla se alimenta psiquicamente de energias espirituais, em regime de
reciprocidade e para que não sejamos mutilados psíquicos, urge não mutilar o
próximo, pois não escaparemos das equações infelizes dos compromissos de ordem
sentimental, injustamente menosprezados, que resgataremos em tempo hábil,
parcela a parcela, pela contabilidade dos princípios de causa e efeito”.
Sabendo-se que a relação sexual constitui uma troca
de energias espirituais, leva-nos a considerar que tal atitude nos remete
inevitavelmente, assim como todas as outras ações em todos os outros setores, às
leis de ação e reação. O mau uso do sexo, tendo-se em conta que se trata de uma
ação na qual envolve a comunhão de almas, pode levar a consequências de ordem
cármicas no futuro, além dos registros em nosso períspirito em vista dos
desequilíbrios e dos excessos, o que pode nos levar a futuras encarnações
infelizes, devido ao mau uso do aparelho genésico.
Porém vivemos na Terra, “a hora do sexo”. Vulgarizado e barateado pelos meios de
comunicação de massa, tornou-se motivo essencial da vida de milhares de
pessoas, sempre frustradas e insatisfeitas. Julgando-se a criatura humana como
sendo tão somente o corpo, cresce hoje o vil mercado das sensações, em completo
desrespeito e desconsideração pelo ser humano.
Sitiar a criatura apenas nos vapores da libido
desenfreada, como vem acontecendo, é atitude injustificável perante todo o
progresso psíquico, emocional e intelectual que nos colocam hoje no patamar da
razão, pois já superamos as fases primárias, onde pela força bruta o homem das
cavernas submetia a fêmea às suas necessidades; passamos pelas bacanais romanas,
pelas “iniciações viris” dos gregos, pela poligamia e poliandria, pelos bordéis
europeus, pelas proibições da religião e celibato tormentoso e porque não, pela
hipocrisia da falsa virtude, até os dias atuais, onde se prega o “amor livre”.
E alheios às aquisições e valores que adquirimos
durante nossa evolução, indivíduos domados por seus vícios e impulsos saem, a
vagar pela noite, à procura de parceria que lhe satisfaça os impulsos. Forma-se
uma corrente mental indirecionada, já que o parceiro de seus desejos só existe
no seu pensamento. Imediatamente, dezenas de espíritos trevosos captam o “fio
mental” do desejo sexual do homem imprevidente e vão em sua direção. Por
influência deles é encontrada a parceira ideal, a fim de estarem eles próprios
a participar do infeliz ato sexual, porque desprovido dos condimentos do amor.

A viciação sexual, assim como outros tipos de
vícios, inicia-se em pequenas doses, para culminar em cárcere moral quando não
em penitenciária comum, por isso a importância em não nos vincularmos aos
chamados "aperitivos sociais", que dão margem a lamentáveis processos
de viciação sexual, nem adotarmos a posição de “instrumentos sexuais”, por
parecer-nos uma postura convencional e prazerosa, pois estes comportamentos
conduzem-nos às algemas do vicio assassino e infeliz.
O reequilíbrio da mente e a vitória sobre os nossos
vícios é um trabalho processual. Processual significa aquilo que obedece a uma
sequência. Em conceito bem claro, é a habilidade de lidar com as fraquezas da
personalidade melhorando os traços que compõem suas formas de manifestação.
Caráter, temperamento, valores, vícios, hábitos e
desejos são alguns desses caracteres que podem ser renovados ou aprimorados. A
natureza nos presenteia com o mecanismo natural do esquecimento para que
tenhamos a mínima chance e condição de elaborarmos essa autorreflexão,
descobrirmos as motivações que sustentam nossos vícios milenares e conseguirmos
a formação de reflexos afetivos novos.

“Ninguém se engane quanto aos
compromissos do sexo perante a Vida. E cuide também de não enganar a outrem.
Cada um responde pelo o que inspira, e pelo o que faz.”
- Manoel
Philomeno de Miranda
Créditos:
MIRANDA,
MANOEL PHILOMENO DE (Espírito), Sexo e Obsessão; psicografado por
Divaldo Pereira Franco. – Salvador, BA: Livr. Espírita Alvorada, 2002.
GALILEI,
GALILEU ( Espírito), Amor e Fator Obsessão; psicofonia de João Berbel. –
Franca, SP: Editora Farol das Três Colinas, 2003.
ÂNGELIS,
JOANNA DE (Espírito). Adolescência e Vida; psicografado por Divaldo P.
Franco. – Salvador, BA: Livr. Espírita Alvorada, 1997.
ÂNGELIS,
JOANNA DE (Espírito). Amor, Imbatível Amor; psicografado por Divaldo P.
Franco. – Salvador, BA: LEAL, 1998.
BARCELOS,
WALTER. Sexo e Evolução; - Brasília, DF: FEB, 1995.
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