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As Más Palavras

Autor: Retucci Jerônimo

“A BOCA FALA DO QUE ESTÁ CHEIO O CORAÇÃO”

Naturalmente, porque vivemos na maioria das vezes dias de insatisfação, as pessoas se aproximam de nós trazendo, quase sempre, comentários negativos e observações deprimentes.

Surgem, nas conversas, apontamentos infelizes que ofendem a honra do outro, quando não lhes atiram lama na conduta que invejam, dando início a intrigas e abrindo campo a vinganças sórdidas, entre sorrisos e sarcasmos, gerando inquietação e soprando suspeitas sobre a moral do outro.

Assuntos mesquinhos tomam o tempo e expressões chulas e vulgares, entorpecem a razão, mantendo uma psicosfera doentia em torno das pessoas.

Os ditos “palavrões”, já se tornaram expressões frequentes no vocabulário de muitos indivíduos, e esse destempero verbal mostra a superficialidade do ser dito civilizado, pois, podemos entender esse tipo de comportamento com sendo um eco das cavernas, o rosnar do troglodita que ainda existe no comportamento humano.

É ai que não podemos confundir rótulo com conteúdo. É fácil mostrar ser delicado nos bons momentos. Mostramos quem realmente somos, quando nos pisam no calos ou martelamos os dedos.

Já ouvimos pessoas dizerem que o palavrão é útil para podermos exprimir indignação ou “amenizar” no momento de dor.  Há quem diga que nessas situações ele é mais eficiente do que uma oração. Só que temos que nos lembrar de que a oração nos liga aos céus e o palavrão nos coloca à mercê das sombras.

Temos que ter em mente que as palavras revestem-se de magnetismo compatível com o uso que fazemos delas, por isso devemos evitar o palavreado chulo, grosseiro e pouco recomendável.

Devemos ter muito cuidado com o que falamos, tanto no linguajar, quanto nas conversas pouco edificantes que ferem, atacam e caluniam, pois sem que percebamos, as palavras sempre voltam contra nós mesmos.

O apóstolo Paulo em sua carta aos Efésios (4:19) nos orienta quanto ao equilíbrio no falar, dizendo: “Não saia de vossa boca nenhuma palavra torpe e sim unicamente, a que for boa para promover a edificação, para que dê graças aos que a ouvem.”

De todas as poderosas armas de destruição que o homem foi capaz de inventar, a mais terrível e covarde, é a palavra. Quantos crimes e quantos lares já foram desfeitos com nossa maledicência? Uma arma de fogo, uma bomba e um punhal, deixam rastros de sangue. A palavra, no entanto, consegue destruir sem pistas.

Guardar o equilíbrio das palavras é nosso dever e temos sempre que lutar por consegui-lo, usando sempre palavras positivas de estímulo e encorajamento para todos que cruzarem seus caminhos.

Devemos evitar o linguajar não condizente com a nossa conduta cristã e quando nos encontramos envolvidos pelo clima das conversações infelizes, com uso de más palavras, mudemos de assunto, propondo temas diferente, conciliadores, edificantes, substituindo a vulgaridade e o pessimismo, que devem ceder espaço ao conhecimento da beleza e da verdade.

As conversas assim envenenam aqueles que as sustentam, enquanto comentamos sobre a vida do próximo que muitas vezes padece constrições e vive situações difíceis buscando superá-las a contributo de muito sacrifício.


Sejamos pessoas vivas, irradiantes e alegres e nos libertemos desses comportamentos animalescos, utilizando da gentileza e de esperança em qualquer situação, recordando os conselhos sábios do apóstolo dos gentios: “Não vos enganeis; as más conversações corrompem os bons costumes.” (I Co 15:33).
As Más Palavras Reviewed by Unknown on 22:17 Rating: 5

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