Como Amar o Próximo no Dia a Dia

“Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu espírito. Este é o maior e o primeiro mandamento. O segundo é semelhante a este: Amará o teu próximo como a ti mesmo. Desses dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas.” Matheus, 22:37-40.

Na evolução espiritual, os instintos

avançaram e se tornaram sensações, que por sua vez, quando apuradas, vieram a consolidar-se como sentimentos. Neste âmbito dos sentimentos, encontra-se o amor, que é a essência divina que compreende o íntimo de cada um.

Desde os tempos mais remotos, a ordem de amar ao próximo já era proclamada nas antigas civilizações habitantes da Terra, como os gregos, persas, chineses, egípcios, hebreus e romanos. Jesus, ao trazer este mandamento, não apenas o ensinou, mas o exemplificou, revelando à humanidade a grandiosa dimensão daquela máxima já conhecida, mas que foi recebida como novidade.

É dever do ser humano amar a Deus acima de todas as coisas. Porém, como amar um ser tão perfeito e sublime se não somos eficazes em amar e compreender aqueles que estão no mesmo nível de inferioridade que nós? O ato de amar ao próximo como a nós mesmos é a maior expressão da caridade, uma vez que engloba de maneira abrangente todos os deveres do homem para com o outro.

A compreensão e a aplicação do verbo amar para com o próximo na mesma intensidade que a nós mesmos é meta a ser alcançada pelos homens no planeta Terra. O amor resume a Lei de Jesus, e compreende os sentimentos mais puros como a compreensão, compaixão, perdão e doação. Consiste em desprender-se do egoísmo e dispensar ao próximo atenção devida, reconhecendo que somos filhos de um mesmo pai, e que aquele semelhante é um irmão, mesmo não compartilhando do mesmo material genético ou residindo debaixo do mesmo teto.

Os efeitos desta prática muito bem fazem ao receptor, porém, o melhoramento moral e a felicidade consequente do ato incorre em favor do sujeito ativo. A prática deste conselho de Jesus para nós eleva nossa alma e nos aproxima de Deus. O amor verdadeiro, aquele na sua forma mais sublime, age de maneira intensa, e tem como “filhas” virtudes como a caridade, humildade, paciência, devotamento, abnegação, resignação e o sacrifício.

Portanto, cabe a cada um de nós, como seres a caminho da evolução, aplicar a máxima ensinada e exemplificada por Jesus que é o amor ao próximo. No cotidiano não nos faltam oportunidades para colocar em prática tal ensinamento. Considerando a atual fase material em que se encontra o planeta, o amor ao próximo não se limita à ajuda material, mas abrange intensamente as carências da alma, podendo consistir em um simples gesto, uma palavra consoladora, um sorriso atencioso.

“Quem ama o próximo sabe, acima de tudo, compreender. E quem compreende sabe livrar os olhos e os ouvidos do venenoso visco do escândalo, a fim de ajudar, ao invés de acusar ou desservir. É necessário trazer o coração sob a luz da verdadeira fraternidade, para reconhecer que somos irmãos uns dos outros, filhos de um só Pai. (...)” Emmanuel, Fonte viva.

Fontes:

Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita – Tomo III

O Evangelho Segundo Espiritismo – Allan Kardec