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Sou Um Filho Ingrato?


 “Filhos, obedeçam a seus pais no Senhor, pois isso é justo. "Honra teu pai e tua mãe" - este é o primeiro mandamento com promessa -"para que tudo te corra bem e tenhas longa vida sobre a terra". (Efésios, 6; 1-3)

A visão que cada um possui de seus genitores varia de acordo com sua afinidade, convívio e principalmente com experiências vividas em outras encarnações. Algumas vezes o conceito que se tem dos pais atuais e sentimento nutrido por eles não é o melhor e mais sublime em decorrência mesmo de vivências remotas, apesar disso, é necessário atentar para a forma como lidamos com essa realidade. É dever de todo Filho tratar seus Pais com respeito e gratidão.

Sendo fundamental honrar Pai e Mãe, é indispensável que tenhamos claro em nossa mente o que é honrar.  O termo honrar está relacionado à ideia de venerar, mas não se deve restringir a este conceito; honrar Pai e Mãe quer dizer unir o amor característico da condição de filho ao respeito, à submissão, à condescendência, aliado ainda à todas as obrigações de caridade para com os semelhantes, é acima de tudo ser grato àqueles que nos proporcionaram a oportunidade da reencarnação.

A palavra “Pai” aqui se refere àqueles que criam, prestam assistência ao espírito reencarnante auxiliando na formação do caráter, não se atendo unicamente à visão biológica.  O tratamento dado aos Pais não deve necessariamente ser a resposta ao tratamento recebido, uma vez que nem sempre os pais atendem às expectativas e anseios dos filhos.  Além do mais, nós, enquanto filhos, muitas vezes também não correspondemos às aspirações dos Pais.  Lembremos que somos todos espíritos imperfeitos em busca da evolução, e que não cabe a nós punir nossos pais pelas suas faltas, deixemos a cargo da Justiça Divina.

 Sabemos todos, quão difícil pode ser a convivência com os pais, mas devemos aproveitar todas as oportunidades de crescimento concedidas por Deus, considerando que Ele que também é PAI sabe das nossas necessidades e sempre nos proporciona as condições propícias para nosso adiantamento espiritual.
Concluo reforçando a importância de agirmos dentro da lei de amor sempre, buscando a citação de  Allan Kardec no capítulo XIV, item 3.

Devem, pois, os filhos tomar como regra de conduta para com seus pais todos os preceitos de Jesus concernentes ao próximo e ter presente que todo procedimento censurável, com relação aos estranhos, ainda mais censurável se torna relativamente aos pais; e que o que talvez não passe de simples falta, no primeiro caso, pode ser considerado um crime, no segundo, porque, aqui, à falta de caridade se junta à ingratidão.
 
Créditos:
O Evangelho Segundo o Espiritismo. Tradução de GUILLON RIBEIRO.
Novo testamento.
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