A Ausência do Bem

“(...) A vida não te reclama atitudes sensacionais, gestos impraticáveis, espetáculos de súbita grandeza...

Pede simplesmente sejas sempre melhor para aqueles que te cruzem os passos (...)” (Emmanuel - Chico Xavier)

É possível fazer o bem em pequenos gestos. Frequentemente, se observarmos, somos sempre convidados a praticar o bem. Com esse convite, no entanto, surgem também as nossas desculpas: “Hoje eu não posso ir, estou muito cansado”, “É muito cedo...”, “É muito tarde...”, “Outras pessoas farão isso.”, entre outras.

Apesar de não ser tão inescusável quanto fazer o mal, deixar de fazer o bem também é uma falta. Quantas tristezas ou quantos sofrimentos poderiam ter sido evitados por uma boa ação que não aconteceu? Sendo assim, é culpável também todo mal que resulte de um bem que não foi feito, como consta na resposta da questão 642 do Livro dos Espíritos: “Não, é preciso fazer o bem no limite de suas forças, porque cada um responderá por todo mal que resulte do bem que não haja feito”.

Todo bem que deixamos de fazer é uma oportunidade perdida de aprender para seguir um caminho seguro rumo à evolução.

Fazer o bem no limite de nossas forças não exige grandes sacrifícios ou atos heroicos, comecemos pelo simples, pois muitas vezes o que é simples para nós é de grande importância para os outros. Dedicar algumas horas do seu dia para auxiliar em algum trabalho assistencial na casa espírita ou fazer alguma boa leitura para alguém que necessita é um bom começo, e são atos que muitas vezes deixamos de fazer por não acharmos relevantes. Todo bem é relevante!

Referências:

Trecho do Livro Anotações da Mediunidade, Francisco Cândido Xavier – Emmanuel.

O Livro dos Espíritos, Allan Kardec; tradução de Salvador Gentile, revisão de Elias Barbosa. Araras, SP, IDE, 178ª edição, 2008.