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Brigas Dentro do Lar - Obsessão, Uma Possível Causa

     



  “A obsessão é a ação persistente que um Espírito mau exerce sobre um Indivíduo. Apresenta caracteres muIto diversos, desde a simples influência moral, sem perceptíveis sinais exteriores, até a perturbação completa do organismo e das faculdades mentais.”
(O Evangelho segundo o Espiritismo, Allan Kardec, capítulo 28º, Item 81)


Segundo Manoel Philomeno de Miranda (Espírito) no livro “Obsessão e Desobsessão”,          O problema da obsessão é cada vez mais grave, genera­lizando-se numa verdadeira epidemia, que assola as multidões engalfinhadas em lutas tiranizantes. Não havendo morte, no sentido de destruição da vida (...). Amores e ódios, afinidades e antipatias não se desfazem sob o passe de mágica da desencarnação, cada indivíduo prossegue fora do corpo, consoante viveu enquanto domiciliado na matéria. Em razão disso, as atrações espirituais, por simpatia quanto por animosidade, vinculam os afetos como unem os adversários (...).
E é desse modo que os seres se reencontram nas famílias; segundo Joanna de Ângelis (...) a família é, antes de tudo, um laboratório de experiências reparadoras, na qual a felicidade e a dor se alternam, programando a paz futura. A Doutrina Espírita, por intermédio de espíritos superiores, nos orienta que as famílias não são formadas por acaso, existe uma programação Divina para a união dos seres em grupos. Aqueles que se comprometeram em vidas anteriores estagiam no círculo familiar em busca de reajuste, reequilíbrio ou a promoção do fortalecimento de laços afetivos já existentes.
Considerando-se que em sua maioria, os agrupamentos familiares terrenos se dão pela necessidade de reajustes, justificam-se as dificuldades para conviver em harmonia nos grupos familiares. Considerando ainda que, pai, mãe, filhos, irmãos e demais parentes nessa vida são, na maioria dos casos, “velhos conhecidos”. Dentro dessa realidade, os desencontros, brigas e transtornos dentro do lar surgem como fator natural em uma convivência de seres que não estão ligados pela afinidade. Desse modo, o processo obsessivo, ou seja, perseguição pertinaz acontece entre os “chamados vivos” que dividem o mesmo espaço físico; irmãos que não possuem boa convivência, pais e filhos com dificuldade de entendimento gerando situações de conflito no grupo familiar.

Segundo Manonel Philomeno de Miranda, (...) “Não somente o ódio, porém, responde pela alienação por obsessão. Fatores outros, do passado e do presente espiritual de cada um, tornam-se a gênese vigorosa desse rude e necessário mecanismo de depuração (...) invejas perniciosas, acionando os mecanismos da destruição; mórbidos ciúmes, que rastreiam aqueles que lhes padecem as injunções, insaciáveis; calúnias e traições, que dormiam ignoradas, e a desencarnação despertou; avarezas da sordidez, (...) orgulhos desvairados e suspeitas felinas, em conciliábulos de loucura; toda uma vasta gama de motivos, injustificáveis, certamente, faz-se responsáveis pelas (...) perturbações que atormentam, desagregam, anulam ou levam ao suicídio muito maior número de incautos, do que se pode supor.” Enfim, existe a obsessão porque existem em nós registros de inferioridade que nos liga aos processos de adoecimento das criaturas, inclusive o adoecimento de nós mesmos dentro do processo de auto-obsessão.
A invigilância é porta aberta para todo e qualquer processo obsessivo. O Mestre Jesus nos asseverou: “Estai de sobreaviso, vigiai e orai; por­que não sabeis quando será o tempo.” (MC-13:33). Quais os momentos em que nos colocamos propensos às quedas? Na obra Ideal Espírita, psicografia de Chico Xavier, encontramos que (...) “Momentos de invigilância existem muitos; todos os temos em incontáveis ocasiões. (...) alguns dos estados emocionais que representam invi­gilância em nossa vida: revolta, ódio, ideias negativas de qualquer espécie, depressão, tristeza, desânimo, pessimismo, medo, ciúme, avareza, egoísmo, ociosidade, irritação, impaciência, maledicência, calúnia, desregramentos sexuais, vícios — fumo, álcool, tóxicos, etc.”.
Desse modo, é muito importante ficarmos atentos à nossa posição dentro do lar, uma vez que não detemos conhecimentos dos nossos compromissos frente aos espíritos que dividem conosco o projeto na presente reencarnação. Valorizemos o compromisso com a paz que provavelmente firmamos antes de retornarmos à carne; exercitemos constantemente os norteamentos do Evangelho de Jesus e as diretrizes da Doutrina Espírita, para que sejamos instrumentos do bem evitando confrontos desnecessários, mesmo quando nos sentimos com a razão. Lembremos sempre que a Prece ainda é o mais valioso antídoto para todos os males do ser a caminho da perfeição.

Referência:

Ideal Espírita, Autores Diversos, psicografia de Francisco Cândido Xavier, capítulo 27, 7ª edição CEC.
O Evangelho Segundo o Espiritismo. Tradução de GUILLON RIBEIRO.

Obsessão e Desobsessão. SUELY CALDAS SCHUBERT
Brigas Dentro do Lar - Obsessão, Uma Possível Causa Reviewed by Unknown on 23:26 Rating: 5

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