O Jovem e suas Relações Escolares
“É importante que ampliemos a
nossa visão a respeito da vida no planeta Terra, entendendo que a vida é uma
grande realização de solidariedade humana. Assim, a existência terrestre [...]
é uma escola, um meio de educação e aperfeiçoamento pelo trabalho, pelo estudo
e pelo sofrimento. Sendo assim, homem nenhum [...] possui faculdades completas.
Mediante a união social é que elas umas às outras se completam, para lhe
assegurarem o bem-estar e o progresso. Por isso é que, precisando uns dos
outros, os homens foram feitos para viver em sociedade e não insulados.” (Allan
Kardec: O livro dos espíritos, questão 768 – comentário.)
Conciliemos então nossos deveres e relações sociais com o nosso
trabalho. O trabalho é lei da
Natureza, por isso mesmo que constitui uma necessidade, e a civilização obriga
o homem a trabalhar mais, porque lhe aumenta as necessidades e os gozos. (O
livro dos espíritos, questão 674.) O trabalho se impõe ao ser humano como uma necessidade
porque é um [...] meio de aperfeiçoamento da sua inteligência. Sem o trabalho,
o homem permaneceria sempre na infância, quanto à inteligência. Por isso é que
seu alimento, sua segurança e seu bem-estar dependem do seu trabalho e da sua
atividade. (O livro dos espíritos, questão 676.)
E quando se trata de jovens espíritas? Conseguiriam eles desenvolver a
boa conduta espírita no âmbito escolar, exercendo os princípios espíritas
sociais e do trabalho sem deixar de viver essa juventude física?
Claramente não é uma tarefa fácil, principalmente envolvendo
socialização e responsabilidades aos estudos que são nossas projeções
profissionais. O jovem deve esclarecer-se quanto ao discernimento de suas
atitudes, julgando aquilo que lhe é conveniente ou não.
Ter compromisso com as responsabilidades escolares é dever de todos os
alunos, mas construir a disciplina e resignação de aprimorar seu aprendizado à
cerda das ciências que envolvem a vida, tornando- o um exercício benéfico para
ele mesmo, é uma atitude consciencial que deve ser desenvolvida pelos jovens.
Conhecer a vida e seus mecanismos é ampliar seu campo de visão, se aderindo a
essas verdades da ciência e da razão. Esclarecido disso, o “ter que estudar”
cultuado por grande maioria da juventude, se torna um fardo leve, pois é conhecido
seus efeitos para seu amadurecimento
pessoal.
Entretanto, só é um bom colega e aluno aquele desenvolve as faculdades
de caridade, cooperação e auxílio aquele próximo de convivência diária. É muito
frequente pensarmos que para manter o bom convívio e para auxiliar o colega
basta emprestar uma atividade avaliativa e mostrar-lhe as resoluções de
questões visando apenas a nota, mas não é de fato dessa maneira. Trata-se de
auxiliar seu colega em suas dificuldades, explicando aquilo que pra você já
está claro e tendo a humildade de aceitar e pedir auxílio para determinada
matéria que você apresenta dificuldade. É buscar a evolução intelectual mutua,
com caridade e benevolência.
Os progressos moral e intelectual são dádivas a serem conquistadas por
toda a humanidade, se fizermos de maneira conjunta, serão alcançados plenamente
em menor tempo. É valido lembrar que cada um traz suas responsabilidades a
serem desenvolvidas no plano terrestre, missões e limitações a serem vencidas.
Que sejamos conscientes de nossos deveres e nossos horizontes sem esmorecer e
sem perder alegria de nossa juventude!
“Buscar infatigavelmente equilíbrio e discernimento na
sublimação das próprias tendências, consolidando maturidade e observação no
veículo físico, desde os primeiros dias da mocidade, com vistas à vida perene
da alma.” – Conduta Espírita
Bibliografia: Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita –
Módulo XII: Lei de Sociedade e lei do trabalho.
Conduta Espírita - Waldo Vieira
O Jovem e suas Relações Escolares
Reviewed by Bianca Gontijo
on
19:01
Rating:
Nenhum comentário: