Um Pouco de História

ESPÍRITAS, AMAI-VOS, EIS O PRIMEIRO MANDAMENTO; 
E INSTRUÍ-VOS, EIS O SEGUNDO!

       O Espiritismo, termo criado por Allan Kardec, é ao mesmo tempo uma ciência de observação e uma doutrina filosófica.

                As orientações da Doutrina Espírita são seguras, objetivas nos direcionando ao conhecimento e à vivência de uma nova ordem moral pautada nas leis de amor do Cristo.

                Mas qual seria o contexto histórico em que vivia a humanidade europeia quando se deu o florescer desta “doutrina de amor”?

                No século XIX, iniciou-se entre grandes movimentos revolucionários  na  Europa , que vem derrubar uma ordem social e econômica vigente ; o absolutismo monárquico e implantar uma economia liberal. Esses movimentos foram apoiados nas ideias renovadoras da Filosofia e da Ciência , ideias essas que foram divulgadas durante o século XVIII, por Espíritos de escol, reformadores , denominados “iluministas e enciclopedistas”, que pelo amor do nosso amigo e mestre Jesus , vem reencarnar particularmente na França e através de seu pensamento esclarecido , vem  combater os equívocos da sociedade  e da politica vigente neste período conturbado , em que vivia a sociedade moderna na Terra.

                Nesta plêiade de reformadores vamos encontrar Voltaire (1694-1778), Montesquieu (1689-1755), Rousseau (1712-1778), D’Alembert (1717-1783), Diderot (1713-1784), Quesnay (1694-1774), pensadores estes que fora instrumentos ativos do mundo espiritual para a regeneração das coletividades terrestres. Enfatiza ainda Emmanuel que [...] foi dos sacrifícios desses corações generosos que se fez a fagulha divina do pensamento e da liberdade, substância de todas as conquistas sociais de que se orgulham os povos modernos.

                Os Estados Unidos foram a primeira nação a absorver efetivamente o pensamento renovador dos iluministas proclamando sua independência a 4 de Julho de 1776.

                Este fato renovador repercutiu intensamente na França acelerando ainda mais o ânimo dos franceses que viviam a rotina de um cotidiano pautado pelas mais duras realidades, penúria e miséria no final do reinado de Luís XIV “Rei Sol” e início do reinado de Luís XVI, caracterizado por uma sociedade feudal, predominantemente estratificada, sob a carga de impostos abusivos que sustentava o luxo e opulência de um clero e uma nobreza extravagante.

                Durante todo o processo revolucionário francês que já trazia a centelha da evolução moral e social a que se se destinaria a sociedade contemporânea a partir do velho mundo.

                Outro movimento desencadeado neste período na Inglaterra foi a então chamada “Revolução Industrial”, trazendo grandes transformações, modificando as relações humanas, tanto na organização familiar criando novas condições de trabalho, com na economia um novo sistema de produção, motivando o progresso tecnológico com uma multiplicidade de invenções, máquinas e equipamentos cada vez mais sofisticados, transformando o mundo numa aldeia global, marcada pelo progresso material, mas distante ainda da verdadeira evolução moral, a que estamos predestinados.

                Como não poderia deixar de ser, pela própria condição moral da humanidade, todo este progresso trouxe equívocos como a exploração do “homem pelo homem”, nas relações trabalhistas, comerciais, na segurança, enfim, em todo o modo de vida na sociedade humana a partir o do velho continente.

                Assim, neste turbilhão de inovações e transformações, mais uma vez nosso Amado Mestre Jesus, governador deste planeta, em face do momento delicado em que vivíamos, nos manda um grande discípulo que reencarna e chega ao planeta a 3 de outubro de 1804, Allan Kardec, com a singular missão de abrir caminho ao “Espiritismo”, cumprindo a promessa do Mestre de trazer a nós o “Consolador Prometido”.

Referências bibliográficas:

ESDE – Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita

A caminho da Luz - Chico Xavier/Emmanuel