Educação dos Filhos - Parte II
Nelson Neto
“Uma criança não começa
sua jornada na atual encarnação, ela carrega consigo enorme gama de complexas
ligações pretéritas.” – François
Rabelais (Espírito)
“Todo tempo possível
deve ser aplicado na convivência familiar, através dos diálogos, dos exemplos,
tornando-se o método mais eficaz de educação.” – Joanna de Ângelis
Como tínhamos visto anteriormente, educar os filhos é missão dos pais. E vimos também
que através da educação espírita, os pais conseguem educar seus filhos e
incutir neles as noções básicas de moralidade e espiritualidade. Porém, o que
nos aconselha a educação à luz do Espiritismo sobre a maneira de educarmos
nossos filhos?
As crianças não são espíritos recém criados por Deus. Muito pelo
contrário são espíritos que já viveram diversas vidas no passado e carregam em
si, como sua “bagagem” espiritual, as consequêcias de seus erros e acertos de
existências anteriores. E na infância este espírito está mais acessível às
impressões que recebe, pois seu novo cérebro registrará as novas informações e
estímulos com maior facilidade. Costumeiramente é mais dócil, pois se encontra
em estado de dependência para com os seus responsáveis na vida terrena. É então
na infância o momento ideal para a ação educativa e moralizante que poderá
ajudar muito o espírito em seu progresso na nova reencarnação. E é
responsabilidade do espírito dos pais a missão de desenvolver o dos filhos pela
educação, buscando corrigir as más tendências que trazem e cultivar s boas
qualidades que tem em potencial, como filhos de Deus.
Mas quando começar a educar os
filhos? Pode-se iniciar ainda quando a criança é recém nascida. Sabemos,
por meio do Espiritismo, que a educação se inicia muito antes da criança
nascer. A Ciência nos diz, que ainda no útero materno os pais podem educar seu
filho. Como? Conversando com a criança em desenvolvimento, pondo boa música
para que o bebê ainda no ventre escute. Assim que nasce, o bebê tem que
aprender a disciplina. Por exemplo, ele tem que aprender a hora certa de mamar.
Herculano Pires na obra ‘Introdução a
Filosofia Espírita’ nos diz o reencarnate vem à Terra e que precisa da
estimulação da família para desenvolver-se. Que se não houver estimulação moral
ele continua um arbusto frágil. Facilmente derrubado pelas tempestades do
mundo. E que a estimulação moral, o exemplo da família, o trabalho da família,
que o transforma em uma árvore firme, que tem à oferecer ao mundo a beleza das
suas flores e o seu perfume.
Bater e gritar com a criança ajuda
a educa-la? De maneira nenhuma! O
que realmente educa é o diálogo com
calma. Quando se está nervoso não se deve falar com o filho. Leia o
Evangelho, pense e depois mais calmo, converse com o filho como um indivíduo
racional. Pois batendo na criança, gritando, sendo violento você pai, você mãe
estará ensinando a ela que a violência, a pancada resolve tudo. E sabemos que
não é assim. Uma criança deve ser respeitada. O corpo é frágil! Nada de cinta,
de pancada. Se bater e gritar endireitasse, o mundo estaria maravilhoso. Mas aí
alguém pode perguntar: ‘Mas nem um
tapinha de leve?’ Não existe essa
necessidade! Porque se o tapa for muito leve a criança vai pensar: “Mas meu pai
é um tonto! Só ‘tira pó’!” Se o tapa é muito forte pode até machucar! Deve-se
evitar a todo custo bater nos filhos, pois isso é um hábito terrível que vêm
dos tempos das cavernas!
O que realmente adianta na educação de uma criança é conversa e desenvolvimento interior.
E proibir, dar castigos à criança. Os castigos não violentam e a criança
entende que é um limite a sua liberdade, porque ela agiu de forma errada. Mas
se diálogos e castigos não funcionam, pais e filhos, precisam de terapia, de
ajuda psicológica. Alguma coisa está errada! Existe alguma coisa atrás disso
tudo. A criança está agindo para desafiar os pais, para mostrar que é o mais
forte. E os pis não podem entrar nesse jogo! Tem que manter a calma e fazer a
criança sentir a força de sua autoridade.
Para concluir este segundo artigo desta série ‘Educação dos filhos a luz da Doutrina Espírita’ gostaria de
convidar os queridos irmãos que nos prestigiam com sua leitura a refletirem
nestas palavras de Emmanuel, na obra ‘Família’,
psicografada por Chico Xavier. O Benfeitor Espiritual nos diz: “A família consanguínea é a lavoura de luz
da alma, dentro da qual triunfam somente aqueles que se revestem de paciência,
renúncia e boa vontade.” Paciência,
renúncia e boa vontade são as chaves da boa educação dos filhos e de uma vida
familiar feliz!
Créditos:
Infância e Mediunidade.
François Rabelais. Psicografia de Rafael de Figueiredo.
Vida Feliz. Joanna de
Ângelis. Psicografia de Divaldo P. Franco
Família. Emmanuel.
Psicografia de Francisco C; Xavier.
Educação dos Filhos - Parte II
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